DENOMINAÇÃO DE ORIGEM PROTEGIDA
O que é um azeite D.O.P. (Denominação de Origem Protegida)?

Azeite Virgem ou Virgem Extra
É um azeite com história, com reputação e notoriedade.
É um azeite com modo de produção local, leal e constante ao longo dos tempos.
É um azeite com características qualitativas intrinsecamente ligadas à região ou local onde tem a sua origem.

Estamos perante uma D.O.P. quando é comprovada a ligação inequívoca entre a qualidade do azeite e os factores naturais e humanos da sua região de origem.

O consumidor tem a garantia que está na presença de um Azeite D.O.P. se este apresentar:

1. Rótulo, no qual está:

a. Indicado explicitamente o NOME da D.O.P. - Azeite de Moura D.O.P. ou Azeites do Norte Alentejano D.O.P. ou Azeite do Alentejo Interior D.O.P.
b. LOGOTIPO COMUNITÁRIO (uso facultativo), que identifica o azeite como D.O.P., o qual só pode ser utilizado pelos produtores expressamente autorizados para o efeito.

2. MARCA de CERTIFICAÇÃO, numerada, que garante que o azeite que está a consumir foi submetido a um sistema de controlo ao longo da sua fileira produtiva (as Marcas de Certificação estão devidamente registadas e publicadas em Diário da República)




A Denominação de Origem“Azeite de Moura” encontra-se consagrada pelo uso, face ao seu conhecimento desde tempos imemoriais.

Não é por acaso que o povo diz “Tão fino como o azeite de Moura”.

É em Moura que se encontra um antiquíssimo lagar de varas e que comprova a antiguidade e importância da azeitona e do azeite naquela zona.

O “Azeite de Moura” apresenta excelentes características químicas e sensoriais.

É obtido a partir das variedades Verdeal com um máximo de 15 e 20 %, Cordovil entre 35 a 40 % e Galega na percentagem restante. Apresenta acidez baixa ou muito baixa, é de cor amarela esverdeada, com perfume e sabor frutados, amargo e picante nos primeiros meses seguintes à extracção.
O uso da Denominação de Origem obriga a que o azeite seja produzido de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui variedades de azeitona, condições de apanha e transporte para o lagar, condições de laboração e as características do produto final, as quais se apresentam seguidamente:

- Só são utilizadas as azeitonas colhidas nas árvores, sãs e em plena maturação;

- O transporte até ao lagar é feito o mais rapidamente possível após a colheita, e em recipientes de tamanho médio que permitam boa circulação de ar;

- As azeitonas são limpas e lavadas, mas o período entre a lavagem e a moenda não deverá ultrapassar 24 horas;

- A pasta é moída e batida a uma temperatura máxima de 30º C, durante 25 a 30 minutos nos sistemas clássicos de prensas e 50 minutos nos sistemas de centrifugação;

- O azeite é depois armazenado em recipientes a 15 a 16º C para decantação dos sólidos (borra) que resultam do processo de extracção;

- Efectuam-se periodicamente transferências para evitar a contaminação do azeite pelos aromas e sabores estranhos provenientes da borra;

- O azeite é embalado em garrafas de vidro entre 18 e 20º C;

- Todo o material e equipamento em contacto com a pasta de azeitona e o azeite está revestido de material inerte.

É produzido nas freguesias de Amareleja, Póvoa de S. Miguel, S. João Baptista, S. Agostinho, S. Amador, Safara, S. Aleixo da Restauração e Sobral da Adiça, do concelho de Moura; as freguesias de Pias, Vale de Vargo, Vila Verde de Ficalho, Brinches, S. Maria, Salvador e Vila Nova de S. Bento, do concelho de Serpa e a freguesia da Granja, do concelho de Mourão.O agrupamento Gestor desta Denominação de Origem é a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, CRL.O Organismo Privado de Controlo e Certificação é a ATOM – Associação Técnica dos Olivicultores de Moura.